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Deltan: 'Bolsonaro errou ao dizer que procuradores escreviam as delações'

Sobre o pedido de encontro, o ex-procurador disse que jamais pediu reunião com o Chefe de Estado

Deltan Dallagnol Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-procurador da República Deltan Dallagnol, recém-filiado ao Podemos, rebateu neste domingo, 13, a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) - que disse que ele se negou a receber Deltan em audiência no Planalto em 2019, antes de escolher Augusto Aras como procurador-geral da República - e a acusação de que a Operação Lava Jato produziu depoimentos.
"O presidente Bolsonaro errou ao dizer que os procuradores escreviam as delações dos colaboradores, talvez porque ele não teve a oportunidade de conhecer melhor o nosso trabalho na Lava Jato", disse Deltan. "Todos os acordos de cooperação foram negociados pela defesa e os fatos e as provas foram trazidos espontaneamente."
Sobre o pedido de encontro, Deltan disse que jamais pediu reunião com Bolsonaro, "nem depois da indicação do procurador-geral da República". De acordo com o ex-procurador, interlocutores do Planalto o procuraram em 2019 para perguntar se ele aceitaria uma reunião com Bolsonaro. A oferta, aponta o ex-procurador, foi recusada. "A nossa equipe de procuradores entendeu que os encontros não seriam apropriados porque alimentariam questionamentos infundados sobre nosso trabalho", disse.
Desde a filiação do ex-juiz Sérgio Moro e de Deltan ao Podemos, o presidente destina ataques com mais frequência a eles e à Lava Jato. No domingo, Bolsonaro divulgou um conteúdo do influencer conservador Kim Paim.
O influenciador afirma que Moro foi parcial quando juiz na Lava Jato ao mostrar que não houve nenhuma investigação aberta contra o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) - patrono de Moro no partido - na época filiado ao PSDB, citado em depoimentos da Operação Lava Jato. No vídeo, o youtuber chama ainda Dallagnol de lulista e diz que Moro se ligou a mensaleiros.
Deltan defendeu a Lava Jato dizendo que o argumento de que a Lava Jato protegeu parlamentares "não faz nem sentido", porque eles têm foro privilegiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-procurador se filiou ao Podemos na última sexta-feira, 10, e pretende concorrer a um cargo de deputado federal. Durante discurso no evento, o ex-procurador da Lava Jato resgatou o que toma como avanços da Lava Jato e criticou as medidas do Congresso e do STF.
No vídeo publicado no domingo, ele diz que o procurador-geral da República escolhido por Bolsonaro, Augusto Aras, "acabou com a Lava Jato" e defendeu o fim do foro privilegiado. A filiação de Dallagnol faz parte do esforço do Podemos em criar uma "bancada da Lava Jato" com ex-integrantes do Judiciário e do Ministério Público. Além de Deltan e Moro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também deve se filiar à legenda.
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Sobre o pedido de encontro, o ex-procurador disse que jamais pediu reunião com o Chefe de Estado

Deltan Dallagnol Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-procurador da República Deltan Dallagnol, recém-filiado ao Podemos, rebateu neste domingo, 13, a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) - que disse que ele se negou a receber Deltan em audiência no Planalto em 2019, antes de escolher Augusto Aras como procurador-geral da República - e a acusação de que a Operação Lava Jato produziu depoimentos.
"O presidente Bolsonaro errou ao dizer que os procuradores escreviam as delações dos colaboradores, talvez porque ele não teve a oportunidade de conhecer melhor o nosso trabalho na Lava Jato", disse Deltan. "Todos os acordos de cooperação foram negociados pela defesa e os fatos e as provas foram trazidos espontaneamente."
Sobre o pedido de encontro, Deltan disse que jamais pediu reunião com Bolsonaro, "nem depois da indicação do procurador-geral da República". De acordo com o ex-procurador, interlocutores do Planalto o procuraram em 2019 para perguntar se ele aceitaria uma reunião com Bolsonaro. A oferta, aponta o ex-procurador, foi recusada. "A nossa equipe de procuradores entendeu que os encontros não seriam apropriados porque alimentariam questionamentos infundados sobre nosso trabalho", disse.
Desde a filiação do ex-juiz Sérgio Moro e de Deltan ao Podemos, o presidente destina ataques com mais frequência a eles e à Lava Jato. No domingo, Bolsonaro divulgou um conteúdo do influencer conservador Kim Paim.
O influenciador afirma que Moro foi parcial quando juiz na Lava Jato ao mostrar que não houve nenhuma investigação aberta contra o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) - patrono de Moro no partido - na época filiado ao PSDB, citado em depoimentos da Operação Lava Jato. No vídeo, o youtuber chama ainda Dallagnol de lulista e diz que Moro se ligou a mensaleiros.
Deltan defendeu a Lava Jato dizendo que o argumento de que a Lava Jato protegeu parlamentares "não faz nem sentido", porque eles têm foro privilegiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-procurador se filiou ao Podemos na última sexta-feira, 10, e pretende concorrer a um cargo de deputado federal. Durante discurso no evento, o ex-procurador da Lava Jato resgatou o que toma como avanços da Lava Jato e criticou as medidas do Congresso e do STF.
No vídeo publicado no domingo, ele diz que o procurador-geral da República escolhido por Bolsonaro, Augusto Aras, "acabou com a Lava Jato" e defendeu o fim do foro privilegiado. A filiação de Dallagnol faz parte do esforço do Podemos em criar uma "bancada da Lava Jato" com ex-integrantes do Judiciário e do Ministério Público. Além de Deltan e Moro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também deve se filiar à legenda.
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