Campanha atualiza vacinas em crianças de 2 meses até adolescentes de 15 anos.Divulgação.

Brasília - A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), do Ministério da Saúde oficializou nesta quarta-feira, 22, a consulta pública que coletará manifestações da sociedade civil sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos. O processo foi divulgado no Diário Oficial da União (DOU) e período de consulta terá início nesta quinta-feira, 23, e vai até o dia 2 de janeiro de 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, a consulta pública servirá para a “manifestação da sociedade civil a respeito da vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade” e “para que sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas”.
Segundo informações do Globo, nessa terça-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, questionou qual o problema em realizar uma consulta pública após a decisão ter sido alvo de críticas.

"Qual é o mal de se fazer uma consulta pública? Senado faz consulta pública, Câmara faz consulta pública, Supremo Tribunal (Federal) faz consulta pública. Será que o Ministério da Saúde não pode fazer uma consulta pública? Não pode fazer audiência pública para discutir com a sociedade brasileira em processo de avaliação? Claro que pode, inclusive foi validado pelo Supremo Tribunal Federal. Como? Porque está dentro da legislação", disse o ministro durante evento em Rondônia.
No último dia 18, Queiroga afirmou que a decisão do governo sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência e consulta públicas. Em conversa com jornalistas, Queiroga disse que a autorização da Anvisa não é decisão suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.

“A introdução desse produto dentro de uma política pública requer uma análise mais aprofundada. E, no caso de imunizantes, a análise técnica é feita com o apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunizações”, disse Queiroga.

As contribuições devem ser enviadas por meio do endereço eletrônico https://www.gov.br/saude/pt-br. Nessa página, está disponível a documentação relativa à consulta pública, conforme publicado no Diário Oficial da União.

Anvisa
Após a aprovação da vacina para crianças, diretores e servidores da Anvisa passaram a receber ameaças de morte. Por isso, a agência pediu investigações e proteção policial para os servidores ameaçados.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná [primeira instância] está atuando no caso, com o apoio da Polícia Federal.

Ainda segundo a PGR, até o momento os procuradores não encontraram indícios do envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o que levaria o caso para a instância superior, que é a própria PGR.
*Com informações da Agência Brasil.