Brasil vai integrar Conselho de Segurança da ONU até 2023AFP

Após dez anos, o Brasil retorna neste sábado, 1º, a ocupar um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) no biênio 2022-2023. Esta será a 11ª vez que o país volta a ser membro. O último havia sido no biênio 2010-2011.
O Brasil foi eleito com 181 votos de 190 possíveis em junho de 2021, durante a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança é formado por 15 países com direito a voto. Porém, apenas Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto. Já os outros dez assentos são temporários, com os países sendo eleitos para ocupá-los em mandatos de dois anos.
Além do Brasil, os outros países escolhidos para integrar o colegiado são Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana, que vão tomar posse junto com o Brasil. Também há a Índia, Irlanda, México, Noruega e Quênia, que já fazem parte desde o ano passado e ficam até o fim de 2022.
O conselho é responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais. Atualmente, o Brasil participa de sete das 12 operações de manutenção da paz da ONU.
Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro continuará a defender o papel do Conselho de Segurança na prevenção e resolução de ameaças à paz e à segurança internacionais, sempre de acordo com os propósitos e princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas e em respeito à soberania de todas as nações. Ademais, se compromete a manter, na medida de suas capacidades, contribuição efetiva para missões de paz das Nações Unidas.
"Em 2022 e 2023, o Brasil balizará sua participação no Conselho de Segurança pelas seguintes prioridades: 'Prevenir e Pacificar'; 'Manutenção Eficiente da Paz'; 'Resposta Humanitária e Promoção dos Direitos Humanos'; 'Avanço da Agenda de Mulheres, Paz e Segurança'; 'Coordenação com a Comissão de Consolidação da Paz'; 'Articulação com Organizações Regionais'; e ePor um Conselho de Segurança Mais Representativo e Eficaz', disse o ministério.
Além do biênio 2010-2011, o Brasil já fez parte em 1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99 e 2004-05.
"Nessas ocasiões, colaborou ativamente para o trabalho do órgão, tanto no que diz respeito às deliberações em Nova York como em relação ao cumprimento dos mandatos de operações de manutenção da paz e missões políticas especiais nas Américas, na África, na Ásia, na Europa e no Oriente Médio", disse o Itamaraty.