Agência recomendou a suspensão dessas atividadesDivulgação
Dos casos confirmados, chamaram a atenção da agência os 502 testes positivos pertencem aos tripulantes, que representam 60% dos casos positivos a bordo das embarcações. Por se tratar de viajantes com maior período de permanência nas embarcações, a ocorrência de infecção entre a tripulação agrega maior grau de risco à condição sanitária desses navios.
A rápida detecção dos casos de covid-19 foi possível devido à execução do protocolo sanitário previsto na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 574/2021 da agência, que estabelece que as embarcações devem possuir um programa de realização de testagem de tripulantes e passageiros, e permitiu a atuação oportuna da Anvisa na condução das investigações epidemiológicas e demais ações sanitárias cabíveis diante do aumento dos testes positivos.
Na oportunidade, estados e municípios também salientaram a dificuldade na obtenção dos dados epidemiológicos junto às empresas responsáveis pelas embarcações, o que prejudicou a condução oportuna das investigações pelas autoridades locais de saúde. Outro ponto de destaque foi a dificuldade de identificação de contatos próximos de casos suspeitos ou confirmados de covid-19, por se tratar de ambiente confinado, o que pode contribuir para a disseminação mais rápida da doença caso medidas adicionais de controle não sejam adotadas.
A Anvisa reforçou, ainda, que "desde agosto de 2021, já havia se manifestado pela inviabilidade da retomada da temporada de navios de cruzeiro no Brasil, a qual deveria estar condicionada à avaliação do cenário epidemiológico do país".
"As recomendações e ações por parte da Agência foram pautadas em critérios técnicos e sanitários, a partir das melhores evidências disponíveis e com fundamento no princípio da precaução, com a finalidade de reduzir o risco de ocorrência de agravos à saúde. Assim, a Anvisa segue atuando de acordo com a sua missão institucional de promover e proteger a saúde da população", concluiu a agência.
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