Apesar de divergências no PT sobre a aliança com Alckmin e com legendas de centro, é de Lula a palavra finalReprodução/Redes Sociais

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin mostrou apreensão ao saber que a cúpula do PT pretende rever a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito para o Palácio do Planalto. Cotado para ser o vice na chapa de Lula, Alckmin conversou nesta segunda-feira, 10, com o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e foi convidado oficialmente para ingressar no partido, mas ainda não definiu seu destino político.
Em café com o deputado numa padaria da zona sul, o ex-governador disse que o mercado ficou preocupado com sinais emitidos por petistas de que haverá um "revogaço" caso Lula assuma a Presidência. Alckmin quis saber a opinião das centrais sindicais sobre o assunto.
Na conversa, Paulinho da Força afirmou que as centrais não planejam desfazer a reforma trabalhista inteira. Avaliam, no entanto, que, desde as mudanças aprovadas no governo Temer, em 2017, o Brasil vive uma escalada de desemprego. "Nosso maior desafio é tirar o País dessa situação e pensar em mais emprego e renda para o brasileiro", disse o ex-governador. À noite, o presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas. "Com muitos direitos, você pode não ter emprego", reagiu ele, em entrevista à Jovem Pan.
Lula fará nesta terça, 11, uma reunião com representantes do governo da Espanha, a fim de debater a reforma trabalhista promovida naquele país em 2012 e a sua respectiva revisão. Presidentes de centrais sindicais do Brasil e da Espanha foram convidados para o encontro, que será na Fundação Perseu Abramo. Adriana Lastra, vice-secretária-geral do PSOE - o partido de Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha -, e José Luis Escrivá, ministro de Seguridade e Migrações, terão participação virtual.
Negociação
Paulinho da Força disse a Alckmin que as centrais querem uma negociação tripartite entre governo, trabalhadores e empres&aacut.953125-17.167968 1.984375-7.925782-3.964844-33.457032-12.335938-63.726563-39.332031-23.554687-21.011719-39.457031-46.960938-44.082031-54.890626-4.617188-7.9375-.039062-11.8125 3.476562-16.171874 8.578126-10.652344 17.167969-21.820313 19.808594-27.105469 2.644532-5.289063 1.320313-9.917969-.664062-13.882813-1.976563-3.964844-17.824219-42.96875-24.425782-58.839844-6.4375-15.445312-12.964843-13.359374-17.832031-13.601562-4.617187-.230469-9.902343-.277344-15.1875-.277344-5.28125 0-13.867187 1.980469-21.132812 9.917969-7.261719 7.933594-27.730469 27.101563-27.730469 66.105469s28.394531 76.683594 32.355469 81.972656c3.960937 5.289062 55.878906 85.328125 135.367187 119.648438 18.90625 8.171874 33.664063 13.042968 45.175782 16.695312 18.984374 6.03125 36.253906 5.179688 49.910156 3.140625 15.226562-2.277344 46.878906-19.171875 53.488281-37.679687 6.601563-18.511719 6.601563-34.375 4.617187-37.683594-1.976562-3.304688-7.261718-5.285156-15.183593-9.253906zm0 0"/>
  • Alckmin indica preocupação com fala de Lula sobre Reforma Trabalhista

    Ex-governador disse que o mercado ficou preocupado com sinais emitidos por petistas de que haverá um "revogaço" caso Lula assuma a presidência

    Apesar de divergências no PT sobre a aliança com Alckmin e com legendas de centro, é de Lula a palavra finalReprodução/Redes Sociais

    O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin mostrou apreensão ao saber que a cúpula do PT pretende rever a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito para o Palácio do Planalto. Cotado para ser o vice na chapa de Lula, Alckmin conversou nesta segunda-feira, 10, com o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e foi convidado oficialmente para ingressar no partido, mas ainda não definiu seu destino político.
    Em café com o deputado numa padaria da zona sul, o ex-governador disse que o mercado ficou preocupado com sinais emitidos por petistas de que haverá um "revogaço" caso Lula assuma a Presidência. Alckmin quis saber a opinião das centrais sindicais sobre o assunto.
    Na conversa, Paulinho da Força afirmou que as centrais não planejam desfazer a reforma trabalhista inteira. Avaliam, no entanto, que, desde as mudanças aprovadas no governo Temer, em 2017, o Brasil vive uma escalada de desemprego. "Nosso maior desafio é tirar o País dessa situação e pensar em mais emprego e renda para o brasileiro", disse o ex-governador. À noite, o presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas. "Com muitos direitos, você pode não ter emprego", reagiu ele, em entrevista à Jovem Pan.
    Lula fará nesta terça, 11, uma reunião com representantes do governo da Espanha, a fim de debater a reforma trabalhista promovida naquele país em 2012 e a sua respectiva revisão. Presidentes de centrais sindicais do Brasil e da Espanha foram convidados para o encontro, que será na Fundação Perseu Abramo. Adriana Lastra, vice-secretária-geral do PSOE - o partido de Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha -, e José Luis Escrivá, ministro de Seguridade e Migrações, terão participação virtual.
    Negociação
    Paulinho da Força disse a Alckmin que as centrais querem uma negociação tripartite entre governo, trabalhadores e empresários Uma das ideias é mudar um artigo do texto que passou pelo Congresso para que predomine o que for aprovado em assembleia, notadamente em relação à cobrança da contribuição sindical por categoria. No diagnóstico das centrais, a reforma trabalhista asfixiou financeiramente as entidades.
    O Estadão apurou que o ex-governador gostou da conversa. Sem partido desde 15 de dezembro, quando deixou o PSDB, Alckmin está entusiasmado com a proposta para ser vice de Lula e não pretende mais concorrer ao governo paulista. No ano passado, contratou o marqueteiro Henrique Abreu para cuidar de suas redes sociais, como Twitter e Instagram, e saiu do ostracismo digital
    A possível entrada do ex-tucano na chapa petista, porém, provoca protestos. "Numa eleição aguerrida como essa, não podemos ter um anestesista como vice", ironizou o deputado Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT. Até mesmo um abaixo-assinado contra a dobradinha foi organizado por correntes do partido. O site Página 13, da tendência Articulação de Esquerda, tem destacado frases ofensivas do ex-tucano, batizado de "picolé de chuchu", na direção do PT, de Lula, da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-prefeito Fernando Haddad.
    Terceira via
    Alckmin disse não acreditar numa terceira via na eleição de outubro. Na sua avaliação, a disputa será polarizada entre Bolsonaro e Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto. "Eu também não acredito nessa terceira via", afirmou Paulinho ao Estadão. "Acho que, se houver a chapa Lula-Alckmin, a vitória será no primeiro turno."
    Até agora, as negociações mais avançadas de Alckmin para essa aliança foram com o PSB. O problema, porém, é que os petistas não aceitam apoiar os candidatos do partido aos governos de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Acre
    "Nós dissemos ao Alckmin que o PT não vai abrir mão desses Estados e muito menos de lançar o Haddad em São Paulo", relatou Paulinho. "No Solidariedade não haverá exigência para nada." O convite do Solidariedade foi antecipado pelo Estadão. O ex-governador ainda não decidiu, no entanto, a qual partido se filiará.
    Diante dos obstáculos para o casamento com o PT de Lula, o PSB resolveu fazer um movimento paralelo e negociar com o PDT do presidenciável Ciro Gomes. Na quarta-feira passada, houve uma reunião entre dirigentes do PSB e do PDT, em São Paulo. Naquele dia, porém, ocorreu uma operação da Polícia Civil contra o ex-governador Márcio França, pré-candidato do PSB ao Palácio dos Bandeirantes. A ação foi comparada à investida da PF contra Ciro Um novo encontro deverá ser realizado ainda neste mês.
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