No Brasil, prevenção da violência contra a mulher será incluída nos currículos da educação básica. É o que determina a Lei 14.164, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em meados deste ano Reprodução
Após o vazamento de áudios da influenciadora digital Shantal Verdelho em dezembro do ano passado, mais sete pacientes e funcionárias vieram a público e realizaram denúncias contra o obstetra. Os primeiros relatos acusavam Kalil de violência obstétrica durante o parto e consultas e também há relatos de violência sexual.
Segundo a autônoma, em todos os episódios o médico estava vestido apenas com uma cueca. "Uma vez que ele tentou realmente forçar alguma coisa, eu falei que eu ia gritar porque tinha outras pessoas na casa. Quando eu falei pra ele que eu estava grávida, foi quando eles me demitiram. Mas antes disso ele tentou me agarrar e falava: 'Deixa eu ver se realmente você está grávida', e tentava pôr a mão em mim".
Uma professora que prefere não se identificar também afirma ter sido abusada pelo médico durante uma consulta, quando ela tinha 17 anos. "Na hora que ele começou a me apalpar nos seios, que até então era um procedimento corriqueiro do ginecologista. Ele pegou minha mão e colocou no pênis dele. E eu percebi que aquilo não era normal, óbvio, né? E eu levantei da maca transtornada, me vesti e sai gritando do consultório dele, que ele era um louco. E obviamente nunca mais retornei."
O caso começou em em de dezembro de 2021, quando vazaram um áudio de Shantal Verdelho alegando ter sido vítima de violência obstétrica durante o parto de Domenica. Após a repercussão, a influenciadora registrou um boletim de ocorrência contra Renato Kalil por violência obstétrica. Após Shantal, outras mulheres vieram a público denunciar o médico. A jornalista Samantha Pearson, por exemplo, definiu o contato com o ginecologista como "traumatizante". À época, em comunicado à imprensa, o ginecologista negou as acusações. O caso está sendo investigado pelo 27º Distrito Policial, localizado na zona Sul de São Paulo.
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