Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) está em contato direto com gestores de assistência social dos municípios atingidos pelas chuvas intensasDivulgação/governo MG

A Defesa Civil do governo de Minas Gerais afirmou nesta quarta-feira, 12, que subiu para 341 municípios em estado de emergência ou calamidade pública, aumento de 196 cidades em apenas 24h, em razão das fortes chuvas que atingem o estado mineiro. Há 3.992 pessoas desabrigadas e 24.610 desalojadas. Ainda segundo o balanço, 24 mortes foram confirmadas em decorrência das tempestades.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) afirmou que está em contato direto com gestores de assistência social dos municípios atingidos, prestando apoio técnico, via equipe da Subsecretaria de Assistência Social (Subas) e das 22 Diretorias Regionais da Sedese.
O coordenador Estadual de Defesa Civil, coronel Osvaldo de Souza Marques, destacou o trabalho conjunto da entidade com as demais secretarias de estado e as Forças Armadas para que os 853 municípios sejam atendidos.

Ele explicou que o atual cenário necessita de maior atenção da população para identificar os riscos do período chuvoso. “As pessoas que moram próximas às encostas e aos rios precisam ficar atentas aos deslocamentos de massas e ao aparecimento de rachaduras. Não fique em casa. Vá para os abrigos públicos, pois a vida é o mais importante”, alertou.

O coordenador da Defesa Civil fez um pedido às pessoas que se encontram seguras e que podem ajudar. “Ajudem com doações humanitárias, sobretudo com cestas básicas, kit de limpeza, higiene pessoal, fraldas e água. É importante que todos nós, de forma solidária, possamos ajudar quem mais precisa”, disse.
Diante da urgência da situação e para a ajuda chegar mais rapidamente aos estados e municípios, a Sedese fala sobre alterações realizadas pelo Ministério da Cidadania, na Portaria nº 90, de 3 de setembro de 2013, que dispõe sobre parâmetros e procedimentos para o cofinanciamento federal para proteção às famílias de atingidos por situações de calamidades públicas e emergências no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
A secretária de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, reforça que a Sedese está trabalhando de forma articulada com o gabinete militar do governador Romeu Zema (Novo) e coordenadoria estadual de Defesa Civil. Em esforço conjunto, além de levar ajuda humanitária aos municípios, a secretaria atualiza, em tempo real, o painel de monitoramento de desastres no período da chuvas, com dados emitidos pela Defesa Civil e pela equipe técnica da secretaria que presta apoio direto às prefeituras.

“O Painel nos indica quais municípios precisam de assistência mais imediata e, com isso, conseguimos nos mobilizar de forma mais rápida para atender a quem mais precisa”, avalia ela.
Alterações na portaria
Para agilizar o apoio aos estados e municípios em situação de calamidade pública ou emergência que demandam abrigos provisórios, a Cidadania publicou duas normativas. Como parâmetro mínimo para receber a verba, o estado ou município deve ter, pelos menos, 50 pessoas que precisam de abrigos provisórios, sendo repassados R$ 20 mil para cada grupo de 50 moradores.