O agente da Polícia Federal Lucas Valença, de 36 anos, conhecido como "hipster da Federal", foi morto na madrugada desta quinta-feira, 3, após invadir uma propriedade rural em Buritinópolis (GO), e ser baleado por um morador, segundo a Polícia Civil. No boletim de ocorrência, familiares e amigos relataram que Lucas estava em surto psicótico desde o dia anterior. Antes da invasão, ele teria gritado que "havia um demônio" na residência.
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O proprietário rural disse à Polícia Militar que estava em casa com a mulher e a filha de 3 anos quando ouviu barulhos em volta do local e uma gritaria com diversos xingamentos. Segundo ele, o "hipster da Federal" desligou o disjuntor de energia e arrombou a porta da residência. O morador teria mandado o policial ir embora, o que não aconteceu.
O homem, então, disparou um tiro de espingarda contra Lucas. Quando religou a luz, ele afirmou que percebeu que havia baleado o agente e chamou a Polícia Militar e uma ambulância. Ele disse à polícia que agiu em legítima defesa. De acordo com a ocorrência, uma ambulância foi acionada para prestar socorros médicos, mas Lucas já estava morto no local.
Quem foi o 'hipster da Federal'
Com visual hipster, o policial ficou conhecido ao fazer a escolta do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, quando o político foi preso em 2016. O apelido veio por conta do estilo de barba, cabelo e aparência. Ele entrou na Polícia Federal em 2014 e chegou a integrar o Comando de Operações Táticas (COT) da corporação. Anteriormente, Lucas fez parte da Polícia Militar do Distrito Federal.
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