Até o momento, 1500 crianças já receberam a primeira dose em Casimiro de AbreuDivulgação
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,3% Influenza A, 0,3% Influenza B, 15,8% vírus sincicial respiratório, e 73,8% Sars-CoV-2 (Covid- 19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 98,5% Sars-CoV-2 (Covid-19).
Os dados laboratoriais preliminares sugerem aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária de 0 a 4 anos. O VRS, que pertence ao gênero pneumovírus, é um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias em crianças pequenas, que pode afetar os brônquios e os pulmões. É responsável pela bronquiolite aguda e pneumonia.
A curva nacional dos casos de SRAG mantém sinal de queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas), acompanhando a queda nos casos associados à Covid-19. No entanto, apresenta indícios de possível início de estabilização em patamar que já é inferior ao de começo de novembro de 2021 - quando havia sido registrado o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de Covid-19 no Brasil.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explica que os registros de Sars-CoV-2 mantém predomínio entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios em todas as faixas etárias analisadas, exceto nas crianças de 0-4 anos de idade. Gomes ressalta que, apesar da manutenção do cenário de queda na população em geral, a incidência de SRAG em crianças de 0 a 11 anos apresenta ascensão significativa em diversos estados ao longo do mês de fevereiro, estando associada tanto a casos de VSR nos mais pequenos [0 a 4 anos], quanto também a casos de Covid-19 no grupo de 5 a 11 anos.
Estados e nas capitais
Os novos dados mostram que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e Sergipe, e outras 6 delas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba e Rio de Janeiro. Em todas essas localidades os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil.
Do total de 20 macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico, 18 estão em nível epidêmico, 73 em nível alto e sete em nível muito alto. Nenhuma macrorregião de saúde encontra-se em nível extremamente alto.
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