Ciro Gomes (PDT)José Cruz/Agência Brasil

O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 30, que "o Brasil não precisa de mito, nem de salvador da pátria". Foi uma referência aos adversários Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, que lideram as pesquisas.
Segundo ele, o povo precisa dominar a política, para que "não seja um jogo de ódios e paixões, explorando suas angústias e suas esperanças despolitizadas". Ciro também acusou o presidente Bolsonaro de preparar a "morte final" da Petrobras, com sua privatização.

"A política que é boa é aquela em que o povo incorpora as ideias e obriga todos os políticos a aplicar as ideias corretas ao longo de todo o tempo", afirmou o pedetista no seminário "Petrobras não é problema, Petrobras é a solução", realizado na sede do partido no Rio.

No evento, Ciro disse que o presidente Bolsonaro está "nomeando um novo e desqualificado quadro" para o comando da petroleira. "Este seminário, que já estava convocado há algum tempo, acontece num momento em que mais uma vez o presidente da República, mentindo despudoradamente ao povo brasileiro, simula que está incomodado com a política de preços - que ele é o responsável - da Petrobras, e o desatino que está fazendo, nomeando um novo e desqualificado quadro, cuja única tarefa, lobista que é, é preparar a Petrobras para a morte final, que é a privatização", afirmou.

No início da semana, o governo anunciou que mudará o comando da Petrobras. O general da reserva Joaquim Silva e Luna será substituído pelo economista Adriano Pires.

O seminário sobre a Petrobras faz parte de uma estratégia da equipe econômica que assessora Ciro Gomes para debater os rumos da petroleira. O grupo defende que a empresa opere de modo similar a uma parceria público-privada, mas com maior participação do Estado nas decisões.

"A política de preços da Petrobras é uma decisão política, ela não obedece a nenhuma lei, nenhuma interdição. Portanto, sendo uma decisão política, a política pode mudá-la. Depende de o povo brasileiro escolher qual política deseja para firmar o futuro dessa estratégia", defendeu Ciro.