Brasília - Filho caçula do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, compareceu à superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal para prestar esclarecimentos sobre a sua atuação no governo federal. Acompanhado do advogado Frederick Wassef, ele não conversou com a imprensa.
Na investigação sobre o possível tráfico de influência, a PF apura se o 'filho 04' tirou vantagem do acesso ao Planalto para conseguir benefícios pessoais. No depoimento, Jair Renan negou as suspeitas, posição reforçada pelo advogado da família Bolsonaro, que desmentiu a existência de reuniões e ou vantagens recebidas de empresários.
Inicialmente, o interrogatório estava agendado para dezembro do ano passado. No entanto, foi adiado após pedido da defesa de Jair Renan.
Entenda o caso:
A Polícia Federal investiga suposta atuação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) no agendamento de reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da qual Renan também teria participado.
A PF investiga se Jair Renan atuou junto ao governo federal em benefício da própria empresa. A corporação também investiga se a empresa do filho do mandatário (Bolsonaro Jr Eventos e Mídia) foi utilizada para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O grupo presenteou Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais dele, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Depois de um mês, os representantes da empresa se reuniram com Marinho em um encontro que contou com a participação de Renan e, de acordo com o próprio ministério, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência. Caso fique comprovado o pagamento de propina, Jair Renan pode responder criminalmente por tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
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