Estudo do Instituto Todos pela Saúde com base em amostras de laboratórios identificou aumento nos testes positivos de 6,2% para 11,7%, em um período de 15 dias. Anteontem, a média diária de mortes subiu para 124, a maior em duas semanas. No Estado de São Paulo, outro sinal amarelo: a média diária de novas internações pela covid foi de 155 na semana encerrada no dia 23, ante 146 na semana anterior. Regiões da Europa e dos EUA também têm visto crescerem os casos. Já a China impôs restrições e lockdown, com insatisfação dos cidadãos.
Para a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o País vive momento diferente. "Temos porcentual baixo de pessoas com a dose de reforço, não temos campanha de comunicação eficaz, e muita gente que tomou o esquema primário (de vacinação) há mais de um ano. Por outro lado, como já há praticamente 80% da população vacinada com o esquema primário, a chance de ter casos mais graves e mortes é muito menor."
Margareth Portela, pesquisadora do Observatório Covid da Fiocruz, tem visão semelhante. "(A alta) é uma possibilidade, especialmente considerando o nível de flexibilização de medidas de proteção", afirma ela, lembrando que o vírus segue circulando pelo mundo. "De qualquer modo, não vejo como muito provável a onda mais grave." O último boletim da Fiocruz mostra que, de 10 a 23 de abril, houve redução de 36% nas taxas da intensidade de transmissão no País ante as duas semanas anteriores.
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