Profissional foi feito de refém com mais cinco familiares em sua própria casaReprodução

Enquanto era feito de refém com sua família, um radialista foi forçado por um homem que invadiu o seu apartamento a fazer uma transmissão pela internet sobre a ação que aconteceu neste domingo, 5, em Curitiba (PR).
Segundo a família do radialista, o suspeito entrou no condomínio e exigiu que os moradores transmitissem a ação pelas redes sociais, alegando que tinha medo de ser morto após se entregar aos policiais. A live durou cerca de uma hora no ar.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o homem que fez o profissional com outras cinco pessoas refém, havia fugido após entrar em confronto com policiais em uma abordagem por denúncia de tráfico de drogas. Na mesma ocorrência, outros dois homens fugiram em um carro.
Durante a transmissão, o radialista deixou claro que a decisão de transmitir o crime foi um pedido do próprio criminoso. O rapaz parece ter sido surpreendido pela rápida resposta da PM e pediu que a cena fosse filmada como uma garantia de que ele estaria em segurança.

"A gente está de refém aqui no meu apartamento agora. Estamos em cinco pessoas, e o rapaz que está colocando a gente de refém está tranquilo, apenas pedindo segurança para poder sair. Estamos ao vivo. Você quer falar, amigo?", disse o radialista.

Na sequencia o criminoso responde: "É. Eu quero me entregar sem morrer".

O refém também falou sobre o momento de tensão que vivia diante da ação do suspeito. "É a reportagem mais difícil que eu faço em toda a minha vida. Desde 2001 trabalhando com rádio, com televisão, essa é a reportagem mais difícil que eu faço. Mas eu tenho certeza que vai acabar tudo bem", disse.

Depois de negociar, ainda durante a transmissão nas redes sociais da vítima, o suspeito se entregou à polícia. Ele foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes. Ninguém ficou ferido. A polícia informou que os outros dois suspeitos que fugiram em um carro após a primeira troca de tiros entraram em um novo confronto com a PM, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Um deles foi morto a tiros e o outro foi preso e também encaminhado à Central de Flagrantes.