Dom Phillips e Bruno PereiraReprodução

Cinco pessoas já prestaram depoimentos, até a noite desta terça-feira (07), sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Amazonas. Quatro delas sob a condição de testemunhas e um homem, como suspeito. O caso é apurado por agentes da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP).
O homem ouvido pela polícia seria conhecido como Amauri e já tem histórico de ameaças contra indígenas na região. As informações foram divulgadas pela TV Globo. O suspeito foi preso em flagrante no momento em que ameaçava uma equipe de buscas por Bruno. Ainda assim, segundo a jornalista Miriam Leitão, houve pressão para que ele fosse solto por não haver prova de envolvimento no crime.
Desaparecidos
Dom Phillips percorria a região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas, fazendo entrevistas acompanhado do indigenista Bruno Pereira, que é servidor da Funai. No último domingo, a dupla voltava da comunidade ribeirinha de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, percurso que deveria demorar não mais do que duas horas. Mas não chegaram ao destino.
Nesta terça-feira (7), a mulher de Phillips, Alessandra Sampaio, e a mulher de Pereira, Beatriz Matos, publicaram pedidos para que os órgãos competentes intensifiquem as buscas. "A gente ainda tem um pouquinho de esperança de encontrar eles", diz Alessandra em um vídeo gravado nesta terça à Rede Bahia. "Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados", completou.

Beatriz Pereira também se manifestou, em nota escrita junto com seus dois cunhados, apelando para que autoridades deem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos. "Durante todo o dia de ontem (segunda-feira), tivemos poucas informações sobre a localização deles, o que tem aumentado este sentimento", afirma Beatriz. "Mas também temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro", diz.

"Pedimos às autoridades rapidez, seriedade e todos os recursos possíveis para essa busca. Cada minuto conta, cada trecho de rio e de mata ainda não percorrido pode ser aquele em que eles aguardam por resgate", afirma o texto.

Sian Phillips, irmã do jornalista, já havia gravado um vídeo pedindo às autoridades brasileiras celeridade nas buscas. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela afirmou que sua família está "desesperadamente preocupada" e pediu que as missões de buscas empreguem todos os recursos possíveis para localizar a dupla.