Presidente Jair Bolsonaro NELSON ALMEIDA / AFP
"Fachin é marxista-leninista. Advogado do MST. Esse mesmo ministro, o Fachin, semana passada se reuniu com dezenas de embaixadores. Quem trata de política externa sou eu e o ministro Carlos França. Isso é um crime que ele fez", disse.
O presidente voltou a dizer que não vai cumprir decisão do STF em caso de aprovação do novo marco temporal sobre a demarcação de terras indígenas.
"Os índios estão do nosso lado. Não vou falar a etnia. Apoiam projetos que permitem nas suas terras as minerações, entre outras coisas. Decisão do Supremo não se discute, se cumpre. É isso? Eu sou o capitão. E se eu chegar para o cabo na beira do abismo e dizer: salte. Eu tenho duas alternativas se passar isso aí (marco temporal): entrego as chaves para o Fux ou falo que não vou cumprir", disse.
Nesta terça, Bolsonaro disse que foi-se o tempo em que decisões do STF eram cumpridas sem qualquer discussão. De acordo com ele, os ministros da Corte querem prejudicá-lo.
"Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo. Não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil", disse.
Ao falar sobre o processo eleitoral deste ano, Bolsonaro disse que não espera que as eleições sejam "limpas e transparentes", mas disse que "duvida" de quem está "por trás das máquinas", em referência à urna eletrônica.
"De máquina, eu não duvido. Mas de quem está atrás da máquina, eu posso duvidar. Todos nós queremos eleições limpas e transparentes", disse.
Forças Armadas: 'Guardiãs da Constituição'
Antes do almoço com empresário no centro do Rio, Bolsonaro participou de uma formatura da Marinha. Em seu discurso, disse que o país vive "um momento difícil" e que as Forças Armadas precisarão tomar uma decisão em breve.
"Forças Armadas, guardiãs da nossa Constituição. Forças Armadas, respeitadas e garantidoras da nossa democracia e da nossa liberdade. Vivemos momentos difíceis, mas não podemos e não devemos nos lamuriar por isso. Muito pelo contrário, devemos dar graças a Deus porque por nós, hoje aqui presentes, todos nós, o futuro da nossa Pátria. E a nós caberá a decisão, mais cedo ou mais tarde, porque temos realmente um futuro pela frente, mas não o nosso, o dos nossos filhos e dos nossos netos", afirmou.
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