Suspeito acusou policiais de violência no Amazonas Reprodução/TV Globo
Desaparecimento no AM: suspeito acusa policiais de tortura
Amarildo de Oliveira criticou ação de PMs durante ação para sua prisão por suspeita de participar do desaparecimento de indigenista e jornalista britânico
Manaus - Suspeito de participar do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips, Amarildo da Costa de Oliveira acusou policiais militares do Amazonas de tortura durante a operação que resultou em sua prisão. A informação foi divulgada pela Agência Pública e confirmada pelo iG com a Defensoria Pública do Amazonas, responsável pela defesa do acusado.
Em depoimento realizado na quinta-feira (9) durante a audiência de custódia, Oliveira afirmou que policiais o agrediram e colocaram uma sacola plástica em seu rosto para sufocá-lo. O suspeito ainda declarou ter desmaiado durante o transporte.
A juíza Jacinta Silva dos Santos acolheu o pedido da Defensoria Pública e solicitou ao Ministério Público do Amazonas uma investigação sobre "eventuais maus tratos ou tortura".
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que as denúncias serão apuradas. A SSP disse que não compactua com desvios de conduta e que todas as ações são pautadas pela legalidade.
Prisão de Amarildo
Amarildo de Oliveira foi preso na última terça-feira durante uma operação realizada em Atalaia do Norte. A Polícia Federal acredita que Oliveira é o responsável por liderar o grupo responsável pelo desaparecimento das vítimas.
Testemunhas relataram ter visto uma lancha seguindo o barco das vítimas e as descrições bateram com a embarcação de Amarildo. Segundo a polícia, ele estaria com outras quatro pessoas, que ainda não tiveram suas identidades reveladas.
A perícia encontrou vestígio de sangue no barco de Amarildo e material orgânico humano próximo ao porto de Atalaia do Norte. O caso ainda segue em investigação pela PF.
Embora o suspeito tenha negado a participação no desaparecimento do jornalista e do indigenista, a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias.