Rodrigo PachecoDivulgação

Brasília - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 13, que eventual confirmação da morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, desaparecidos na Amazônia, seria caso "dos mais graves". A declaração foi dada no plenário da Casa, durante a abertura da sessão extraordinária convocada para hoje.
"Nós não queremos precipitar o que de fato aconteceu com o Bruno Pereira e com o Dom Phillips, mas, caso se confirme o fato de terem sido, eventualmente, assassinados, é uma situação das mais graves do Brasil", disse Pacheco. O presidente do Senado afirmou que a Casa precisa avaliar quais mudanças legislativas podem ser feitas para aumentar a segurança na região.
"O Bruno Araújo Pereira, servidor da Funai, vinha denunciando uma série de irregularidades, crimes praticados naquela região, de atentados a povos indígenas, de descumprimento da lei, de um Estado paralelo ali implantado", afirmou Pacheco. "É motivo de alerta e de reação do Senado Federal", emendou.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro também comentou o caso. "Agora, os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles porque já foi encontrado boiando no rio vísceras humanas que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA e pelo tempo, já temos 8 dias, indo para o nono dia, de que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida", disse o presidente, em entrevista à Rádio CBN.
Comissão externa
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por sua vez, solicitou a Pacheco a criação de uma Comissão Externa para investigar o caso Para se criar uma comissão, é preciso maioria simples no Plenário. O colegiado, segundo o parlamentar, será composto por 9 membros titulares e deve funcionar durante 60 dias.
"Os responsáveis diretos e indiretos não podem ficar impunes. Estamos vivendo uma realidade de violência que choca o Brasil. É necessário apurar para que situações assim jamais se repitam", afirmou Randolfe.