Bolsonaro e Milton Ribeiro, ex-ministro da EducaçãoEvaristo Sá /AFP
Em março, o chefe do Executivo disse que colocava a sua "cara no fogo" por Ribeiro. "Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele", disse, à época, o presidente. Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, eram muito próximos ao ex-ministro.
Hoje, o presidente mudou o discurso. "Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se for inocente, sem problema; se for culpado, vai pagar. O governo colabora com a investigação. A gente não compactua com nada disso", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Itatiaia.
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira, 22, mandado de prisão preventiva contra Ribeiro. A operação investiga a responsabilidade do ex-ministro no caso do gabinete paralelo do MEC.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse ainda que a operação é sinal de que seu governo não interfere na PF. O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, ao deixar o cargo, acusou o chefe do Executivo de influenciar nas decisões da instituição.
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