O líder da oposição no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira, 28, o requerimento para abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI), que investigará o "gabinete paralelo" no Ministério da Educação (MEC) comandado pelo ex-ministro da Educação o pastor Milton Ribeiro.
Para abertura de uma CPI no Senado são necessárias 27 assinaturas. Na sexta-feira, 24, Randolfe informou que esperaria ter no mínimo 30 assinaturas para protocolar o requerimento. Desta forma, segundo ele, a comissão teria mais robustez para realizar a oitiva. O parlamentar atingiu a expectativa das 30 assinaturas e apresentava, por voltas das 12h30, o requerimento à Mesa Diretora do Senado.
Atento à movimentação o Planalto "escalou" o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para reforçar a ofensiva então coordenada por Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo na Casa, para barrar a CPI. Diagnosticado com Covid-19, ele deixa a articulação a cargo do filho do presidente da República.
Senadores na planilha de beneficiados pelo chamado orçamento secreto, carta na manga do governo para garantir o apoio no Congresso, já foram procurados para negociar termos de uma possível desistência da CPI.
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