Guimarães: ex-pres. da CaixaMarcos Corrêa/PR

Rio - Um dia após deixar a presidência da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães deu mais munição ao Ministério Público Federal na investigação das denúncias de assédio sexual cometidas por ele contra funcionárias do banco. Áudios divulgados pelo portal 'Metrópoles', nesta quinta-feira, 30, revelaram um comportamento agressivo, com muitos palavrões e ofensas, de Guimarães no ambiente de trabalho.
"Qual que é a vontade? Porra, eu acho que quem está torcendo para o Lula, vocês se f... Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se f...", disse Guimarães em uma das gravações.
Próximo do ciclo íntimo do presidente Jair Bolsonaro, Guimarães ocupava a presidência da Caixa desde o início do corrente governo. Figurinha carimbada nas polêmicas lives estreladas pelo chefe do Executivo, o executivo é o responsável pelo último 'incêndio' no Planalto. Às vésperas das eleições, a denúncia de assédio sexual contra um dos homens de confiança do presidente da República foi recebido com preocupação pela coordenação da campanha do pré-candidato do PL. Haja vista a rejeição do eleitorado feminino a Bolsonaro.
Guimarães pediu demissão da presidência da Caixa na quarta-feira, 29, após a divulgação de denúncias de assédio sexual contra funcionárias. Bolsonaro se manteve em silêncio sobre o caso, mas o deputado federal  Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho 03 do chefe do Executivo, expressou seu apoio a Guimarães em postagem nas redes sociais. No entanto, menos de 24 horas após o escândalo ter se tornado público, denúncias de assédio moral se somaram às de assédio sexual.
"Vocês são malucos, porque vocês só têm a perder. Cara, são malucos. Não tenho que ligar para ninguém. Se eu não dei o ok, não dei o ok e acabou. É 'não'. Por que vocês vão tomar o risco de perder a função, cara, por uma coisa que eu não autorizei?", disse Guimarães em outro trecho do áudio.