Lula participou de ato político em Diadema, na Grande São PauloRicardo Stuckert

Pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um agradecimento, neste sábado, 9, durante ato em Diadema, na Grande São Paulo, ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, preso em maio de 2018 após agredir um manifestante na porta do Instituto Lula, na capital paulista.

"Esse companheiro Maninho, por me defender, ficou preso sete meses, porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto (Lula). Então, Maninho, eu quero agradecer, porque foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa luta. Essa dívida que eu tenho com você jamais a gente pode pagar em dinheiro. A gente pode pagar em solidariedade e companheirismo", disse Lula.

Maninho foi denunciado por tentativa de homicídio. Ele empurrou o empresário Carlos Alberto Bettoni contra um caminhão no dia em que o então juiz Sérgio Moro decretou a prisão de Lula, em abril de 2018. Na ação, Bettoni bateu a cabeça no para-choque do veículo e teve traumatismo craniano. Maninho do PT ficou preso por sete meses até obter um habeas corpus.
Bolsonaro

Principal adversário de Lula na eleição presidencial, Bolsonaro também esteve em São Paulo, onde criticou o petista. Na Marcha para Jesus, na capital paulista, o presidente disse que o País enfrenta uma "guerra do bem contra o mal", atacou a esquerda e defendeu a pauta de costumes. "Somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero, somos contra a liberação das drogas, somos defensores da família brasileira. Nós somos a maioria do País, a maioria do bem, e, nessa guerra do bem contra o mal, o bem vencerá", disse.

O presidente foi à Marcha para Jesus acompanhado de aliados. Pré-candidato do Planalto ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou da agenda eleitoral.

Depois de São Paulo, Bolsonaro foi para Uberlândia, onde se juntou à edição mineira da marcha. Em Minas, ele repetiu o discurso feito em São Paulo. "Todos os dias dobro meus joelhos e rezo para que nosso povo não experimente as dores do comunismo "

Também neste sábado, em São Paulo, ato do União Brasil marcou o pré-lançamento da candidatura de Luciano Bivar ao Planalto e indicou a tática do governador Rodrigo Garcia (PSDB) de dividir seu palanque no Estado. Bivar tem 1% nas pesquisas e, este ano, controla um caixa de R$ 782 milhões do fundo eleitoral.

Em entrevista, Garcia disse que seu palanque terá espaço para outros presidenciáveis que estiverem "longe dos extremos". O apoio do governador a Bivar constrangeu o PSDB nacional, já que o partido acertou uma aliança com a senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB-MS).