Wesley Safadão dança Macetando com YsisReprodução/Instagram

Rio - Wesley Safadão foi denunciado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) por suposta erotização infantil em um vídeo publicado pelo cantor com a participação de sua filha Ysis, de 8 anos. Na gravação, os dois aparecem dançando a nova música do artista, "Macetando",  que faz referência ao ato sexual. Um dos trechos da canção diz: "Só quem é gostosa levanta a mão. Vai sentando, novinha, sentando".
A repercução do vídeo acabou gerando muitas críticas ao artista. "Alô Conselho Tutela", "É sério isso?", "macetando, significado: fazer sexo. Que cultura viu, apelou!", "olha a letra dessa música!", "absurdo", "terrível isso com a criançada" e "Não à erotização infantil" foram alguns dos comentários deixados pelos internautas no post de Safadão.
Após a viralização do contéudo, a deputada federal Eliza Virgínia (PP) publicou uma crítica a atitude do cantor. "Estamos presenciando todos os dias a erotização de nossas crianças, desde a 'boquinha na garrafa' víamos os próprios pais achando bonitinho suas filhas dançando! Quanta depravação! Depois reclamam das filhas grávidas com 10 anos de idade! Querem aborto", diz a Eliza na legenda da publicação.
Em seguida, a deputada, que é aliada do presidente Jair Bolsonaro, denunciou o cantor a Maurício José Silva Cunha, Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
"Wesley safadão, artista tão aclamado por essa geração, faz jus ao seu nome artístico, agora evolvendo sua filha, menor, em suas músicas que fazem alusão obscena, conotações sexuais explícitas! Isso é um absurdo!", disse ela na legenda da segunda publicação. "Não me calarei diante de tamanha barbaridade. Sabemos que esse 'artista' tem grande influência, portanto deve ser corrigido de maneira exemplar e pública, para desencorajar os fãs de carteirinha na sexualização de suas próprias crianças. Como parlamentar, me sinto comissionada a denunciar e cobrar providências para absurdos como esse!
Sempre em defesa da vida e da família", acrescentou.
A deputada alega que o material contém "evidente erotização infantil", que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando, no art. 3º, "estabelece que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral".
"Ele faz apologia à pedofilia. As crianças assistem ao vídeo e querem dançar também. Às vezes os pais nem prestam atenção às letras das músicas. Hoje em dia, tem criança que não sabe ler nem escrever, mas já sabe falar sobre sexo. Isso não pode ficar assim. As crianças estão sendo erotizadas", afirma ela. "Cabe aos pais monitorarem o que os filhos escutam e consomem. Os filmes, por exemplo, têm classificação indicativa. Tem que se respeitar o momento de vida da criança. Tudo tem seu tempo. Cada vez aumenta mais o número de crianças e adolescentes com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez", lamenta.
Wesley Safadão ainda não se pronunciou sobre o assunto.