Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por divulgar informações falsas sobre a vacina contra covidEVARISTO SA / AFP
Supremo manda PGR se manifestar sobre indiciamento de Bolsonaro por associar vacina à aids
Polícia Federal acredita que o presidente cometeu crime ao divulgar fake news durante live transmitida pelas redes sociais
São Paulo - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido da Polícia Federal (PF) para indiciar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por espalhar informações falsas sobre a pandemia da covid-19.
A PF disse ver crime do presidente por associar a vacina contra o novo coronavírus ao risco de contrair aids e as máscaras de proteção facial ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana. As fake news foram divulgadas em transmissão ao vivo para milhares de usuários nas redes sociais.
A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19 e gerou alarde "anunciando perigo inexistente". O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de "forma direta, voluntária e consciente".
Além de Bolsonaro, a PF também atribui crimes ao ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, apontado como responsável pela produção do material divulgado na live.
O inquérito foi aberto a partir de uma representação do senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da CPI da Covid. O procurador-geral da República, Augusto Aras, já pediu o arquivamento do caso, alegando que os fatos já estavam sob apuração na PGR.
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