Perguntado sobre as queimadas na Amazônia, chefe do Executivo admitiu que os incêndios existem, mas negou os númerosReprodução/AFP
Bolsonaro nega atraso na vacinação contra covid-19
'Eles queriam que eu comprasse vacina em 2020', alegou o presidente em entrevista à TV Record
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na noite desta segunda-feira, 26, que não houve atraso no início da vacinação contra a covid-19 e que o Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo. O candidato à reeleição participou de sabatina na TV Record, onde foi questionado sobre as críticas de que o governo brasileiro teria atrasado a vacinação.
“Eles queriam que eu comprasse vacina em 2020. Me aponte um país que tenha vendido uma dose de vacina em 2020. A primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. No Brasil, nós começamos a aplicar em janeiro de 2021. Eu comprei 500 milhões de doses, de modo que todo brasileiro que quis tomar, de forma voluntária, tomou”, disse Bolsonaro.
Ao ser perguntado se não havia ocorrido atraso na aceitação da oferta do laboratório Pfizer, o presidente afirmou que as condições exigidas pela empresa eram de difícil aceitação.
“O contrato que eles queriam que assinássemos em dezembro foi postergado porque a própria Pfizer dizia que não se responsabilizava pelos efeitos colaterais. O Brasil não poderia ter qualquer ação judicial contra possíveis mortes. Era uma gama de condicionantes que eu não tinha como assumir. Nós compramos a vacina no ano seguinte, com uma condição de entrega muito maior”, alegou.
Bolsonaro também foi questionado sobre as queimadas na Amazônia e se havia suspeitas de ações ilegais nos incêndios da floresta. Segundo ele, o governo tem atuado, inclusive com as Forças Armadas, no combate a esse tipo de crime.
“A Amazônia é uma área equivalente à Europa ocidental. Fogo criminoso existe, desmatamento criminoso existe, mas não nesses números que falam por aí. Essa política de superdimensionar números tem a ver com o mercado do agronegócio. Ameaçavam, o tempo todo, não importar alimentos nossos, tendo em vista acusações mentirosas de fogo e desmatamento desproporcional na Amazônia. Fizemos várias operações com as Forças Armadas”, disse.
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