Na madrugada do último sábado (12), o Centro de Formação Paulo Freire, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ( MST ), na zona rural de Caruaru, em Pernambuco, sofreu pichação com suásticas e a palavra “mito”. A residência da coordenadora do local também foi atacada, sendo arrombada e incendiada.
A Polícia Civil de Pernambuco foi acionada para averiguar o episódio. Os policiais registraram a ocorrência como incêndio doloso, ou seja, quando há a intenção de realizar o crime. Agora um inquérito foi instaurado e o caso será investigado para encontrar o responsável ou os responsáveis.
Segundo informações do MST, quatro homens estavam vestidos com camisas amarelas e decidiram invadir o espaço, que fica no assentamento Normandia. O crime ocorreu por volta das 3h da madrugada. A fachada do local foi pichada. A casa da coordenadora do centro acabou sendo arrombada e incendiada pelos criminosos.
A destruição não foi pior, porque membros do movimento conseguiram perceber o fogo. Rapidamente, o grupo se juntou e apagou o incêndio. A residência ficou parcialmente queimada, já que aconteceram danificações nos telhados, camas e alguns pertences.
Apesar do susto, nenhuma pessoa se machucou. “Felizmente, desta vez, ninguém se feriu. Os danos materiais a gente resolve, mas fica mais uma vez a lição de que não podemos ‘baixar a guarda’”, diz o comunicado divulgado pelo MST.
Governador de Pernambuco se manifestou
O governador Paulo Câmara soube do incêndio e se manifestou nas redes sociais para falar do caso. Ele relatou que solicitou para as autoridades competentes que tratem o caso com prioridade para saber quais foram os motivos que ocasionaram o crime e quem são os responsáveis.
“Não vamos tolerar ataques de natureza discriminatória e de incentivo ao ódio em nosso estado”, falou o governador através do Twitter. As investigações serão acompanhadas de perto pelo secretário de Defesa Social do estado, Humberto Freire.
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