Saída de Guido Mantega da transição de governo 'foi injusta', diz Alckmin EVARISTO SA / AFP
"Eu liguei para agradecer ao ministro Guido Mantega. Eu acho uma coisa injusta, porque ele seria um colaborador voluntário, não ia ganhar nada, trabalho voluntário, não seria nomeado para nenhum cargo. Mas ele se antecipou e pediu para ser excluído. Mas a rigor é uma coisa injusta. Não está sendo nomeado para cargo nenhum", disse Alckmin.
Confira na íntegra o conteúdo da carta:
Prezado Vice-presidente
Geraldo Alckmin
Coordenador Geral da Equipe de Transição
Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.
Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.
Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.
Agradecendo a confiança,
Atenciosamente,
Guido Mantega
Além disso, o ex-ministro também ficou marcado por adotar uma política desenvolvimentista durante os governos Lula e Dilma, entre 2006 e 2014. O mercado financeiro o aponta como responsável pelo crescimento econômico e a diminuição acentuada no desemprego.
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