Atos antidemocráticos foram organizados por bolsonaristas depois da derrota para o presidente eleito LulaReprodução
PRF afirma que não há mais bloqueios e interdições nas rodovias federais
Manifestantes que protestavam contra o resultado das eleições foram retirados pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal
Não há mais bloqueios ou interdições nas rodovias federais brasileiras, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A informação foi divulgada na terça-feira, 22. Os atos foram retomados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na sexta-feira, 17, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o bloqueio de contas de empresários suspeitos de financiar os atos antidemocráticos organizados por bolsonaristas depois da derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como mostrou o Estadão, com os bloqueios nas rodovias, a PRF disparou para os superintendentes regionais da corporação uma mensagem informando sobre a necessidade de contingenciamento de manutenções em viaturas em razão de "limitações" do orçamento disponibilizado pelo governo Jair Bolsonaro para 2022. O documento classifica os serviços de manutenção preventiva, sem restrição, e estabelece serviços considerados não essenciais — que deverão ser autorizados pelo órgão em Brasília.
Os atos nas rodovias federais começaram como um protesto de apoiadores do presidente Bolsonaro contra o resultado do segundo turno, que deu a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 9 de novembro, depois de uma séria de medidas determinadas por governadores dos estados atingidos e da Justiça.
Essa primeira onda de manifestações foi marcada por intervenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, por meio do ministro Alexandre de Moraes, permitiu que os estados utilizassem forças das Polícias Militares estaduais para retirar os manifestantes das rodovias. Em São Paulo, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) teve de acionar a Tropa de Choque da PM para liberar trecho da rodovia Castelo Branco.
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