Lula e Marina SilvaDivulgação/PT

Ex-ministra do Meio Ambiente e integrante do grupo de trabalho responsável pelo tema do governo de transição, Marina Silva, afirmou na noite desta sexta-feira (2) que a decisão sobre voltar ao cargo que ocupou durante os dois mandatos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva "cabe a ele".
"Em relação a quem vai ser o futuro ministro é uma decisão que cabe ao presidente da República", disse Marina em entrevista à "GloboNews", sem negar ou confirmar se aceitaria o convite. Há ainda a possibilidade de ocupar o cargo de "autoridade climática", sugerido por ela a Lula.
Marina também destacou que há interesse de outros países em investir no combate ao desmatamento no Brasil. Segundo ela, há muitas pessoas e fundações "motivadas a cooperar com o Brasil".
"Nessa ida agora para o Egito tivemos interlocução com doadores, inclusive com a possibilidade de ampliar recursos vindo de outros países, para além da Alemanha e da Noruega. E, ainda, o aceno de que a alta filantropia mundial também possa fazer aportes de recursos emergenciais para esse ano de 2023", disse a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição em Brasília.
Ela destacou que o Fundo Amazônia conta com R$ 3 bilhões, podendo ser ampliado com recursos de fundações internacionais para reestruturação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). "Agora o Brasil mudou a chave, não usamos mais aquela velha estratégica do governo de ir para os fóruns internacionais pra chantagear os países ricos", disse.
"Obviamente que a partir de 2024, quando o orçamento for feito pelo próprio governo do presidente Lula, haverá uma prioridade para agendas estratégicas na área social, ambiental, de direitos humanos, que foram totalmente abandonados pelo governo Bolsonaro", completou.
Marina reafirmou que tem orgulho de ter ajudado na reeleição de Lula, que foi um dos principais nomes da chamada frente ampla que ajudou a elegê-lo. "Me sinto muito feliz de ter contribuído politicamente, programaticamente e eleitoralmente para que a nossa democracia fosse vitoriosa", disse.