Tiveram prisão preventiva decretada Antônio Rodrigues (Balneário Barra do Sul), Deyvison Souza (Pescaria Brava) e Luiz Henrique Saliba (Papanduva)Divulgação
Operação do Gaeco prende três prefeitos em Santa Catarina
Objetivo da ação é apurar suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta de lixo
Florianópolis - Três prefeitos de Santa Catarina foram presos em uma operação nesta terça-feira, 6, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público do estado.
Tiveram prisão preventiva decretada os prefeitos Antônio Rodrigues (Balneário Barra do Sul), Deyvison Souza (Pescaria Brava) — preso durante agenda em Brasília — e Luiz Henrique Saliba (Papanduva).
Segundo o MPSC, o objetivo da operação, batizada "Mensageiro", é apurar suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão nas regiões Norte, Sul, Planalto Norte, Vale do Itapocu, Vale do Itajaí, Alto Vale do Itajaí e Serra catarinenses.
A ação também prendeu o filho do prefeito de Balneário Barra do Sul. Jeferson Luís Rodrigues é secretário de Planejamento, Urbanismo e Habitação do município.
Foi decretado bloqueio de bens de 25 empresas e 11 pessoas físicas. Ao todo, são 96 alvos das buscas, envolvendo órgãos públicos, residências particulares e empresas. Ainda conforme o órgão, os cumprimentos das ordens judiciais de busca e prisão ocorreram em cerca de 30 cidades, incluindo Pien, no Paraná.
Em nota, o MPSC afirmou que os crimes citados "afetam o bem-estar da sociedade" e acrescentou que "o mau uso do dinheiro público reflete em menos acesso a direitos fundamentais, como saúde, educação, segurança, e menor qualidade nos serviços à população".
Procuradas por O DIA, as gestões municipais não se pronunciaram sobre as prisões. A reportagem também questionou o Governo do Estado sobre os casos, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
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