Centro Cultural do Banco do Brasil, sede do governo de transiçãoReprodução/Agência Brasil

O qrupo técnico da transição do governo federal que trabalhou na elaboração do relatório para a área ambiental quer a revogação de um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que transformou as explorações de garimpo em "atividades artesanais".
Outra medida proposta busca impedir a exploração de gás no país, por meio do "fraturamento hidráulico", o chamado fracking, que consiste em explodir pedras subterrâneas para extrair o insumo.

Segundo apurado pelo 'Estadão', as sugestões fazem parte de um documento que tem quase 300 páginas e será entregue ao novo comando do Ministério do Meio Ambiente. A expectativa é de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirme o nome da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) para assumir a pasta.
As decisões caberão ainda ao Ministério de Minas e Energia, pois envolvem temas que abordam diretamente assuntos tratados por essa pasta.

Em fevereiro, Bolsonaro editou decreto para criar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala, o "Pró-Mape". A justificativa era de que se pretendia "propor políticas públicas e estimular o desenvolvimento da mineração artesanal e em pequena escala" para estimular o "desenvolvimento sustentável regional e nacional".

Na prática, o decreto mira a lavra garimpeira na Amazônia, ao destacar que se trata de uma "região prioritária para o desenvolvimento dos trabalhos". Para o grupo de transição, o objetivo de Bolsonaro foi legalizar atividades que, hoje, são majoritariamente marcadas pela extração irregular de ouro e pedras preciosas.