Ministro Alexandre Moraes, do STFAntonio Augusto/SECOM/TSE
Publicado 14/12/2022 15:02 | Atualizado 14/12/2022 15:18
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, declarou nesta quarta-feira, 14, que "ainda tem muita gente para prender e muitas multas para aplicar''. A afirmação do ministro foi feita no evento "STF em Ação", com o tema "O Guardião da Constituição e a Harmonia entre os Poderes". 
Antes, o ministro Dias Toffoli discursou relembrando a invasão do Capitólio, no Estados Unidos em 2021. O magistrado afirmou que 964 indivíduos já foram detidos e acusados de crimes, 465 fizeram acordos e se declararam culpados. Ainda segundo Toffoli, os líderes que disseminaram desinformação já estão sendo julgados. Até o momento, ocorreram duas condenações por conspiração.

"Comparando os números, eu fiquei feliz com o que o ministro Dias Toffoli falou porque ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar. Quando se critica algo temos que entender quando isso começou a existir. No Brasil, diferente de outros países, a crítica é pela crítica. Todos devemos lembrar que Hitler tomou o país ganhando a eleição", disse Moraes.

Desde que assumiu a frente do TSE, Moraes não tem tolerado a disseminação de desinformação e ataques à democracia. Nesta semana, o ministro determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.

A decisão do ministro se fundamentou após a solicitação da Procuradoria-Geral da República, com base na necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos no Código Penal.
Após a prisão, bolsonaristas radicais praticaram atos de vandalismo em Brasília, deixando um rastro de destruição na noite de segunda-feira, 12. Durante os atos de vandalismo, os manifestantes tentaram invadir o prédio da Polícia Federal (PF) e depredaram uma delegacia da Polícia Civi. De acordo com o Corpo de Bombeiros, eles ainda atearam fogo em oito carros e cinco ônibus durante os protestos. Destes, quatro ônibus e sete veículos ficaram completamente incendiados e os outros, parcialmente.
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