O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo cerimônia no Palácio do PlanaltoJosé Cruz/Agência Brasil
Em uma referência ao apelido Rui Correria, que usou durante seu governo na Bahia, Costa afirmou: "O ritmo, podem acreditar, vai ser o ritmo da correria”.
Ao discursar, Costa fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que a equipe de transição identificou obras que foram "deletadas dos arquivos" como completas, mas, na verdade, ainda estão em construção. “As prioridades iniciais serão de retomada do Brasil. Sair desse momento de paralisia completa. Nem mesmo sabemos quantas obras no Brasil estão paralisadas. Cada um tem um número.” Segundo Costa, nem os ministérios conseguem precisar quantas são as obras paralisadas hoje. “Isso é demonstrações do caos que estamos recebendo.”
O ministro lembrou que serão definidas prioridades. “Quem tem muita pressa e ansiedade para ter casa para morar: o programa Minha Casa, Minha Vida, que o Lula já anunciou que vai retomar. Temos centenas de casas prontas, com 95%, 98% [de conclusão]. Casas prontas desde o governo Dilma, e não foram habitadas ainda. Isso é inadmissível, e elas serão todas habitadas ainda no primeiro semestre deste ano. Todas.”
Costa adiantou que entre esta segunda e terça-feira, 3, se encontrará com cada um dos 36 novos ministros para ouvir as demandas de cada pasta.
Ele disse ainda que buscará “diálogo intenso” com o setor produtivo e com a sociedade. “A orientação do presidente Lula é discutir todos os fatores econômicos e sociais. A retomada de um país que vai crescer dialogando", completou o ministro, ao destacar a intenção de unir o agronegócio com agricultura familiar.
Rui Costa agradeceu o apoio de familiares e amigos e ressaltou que estão entre suas metas o estabelecimento de parcerias com outros países e de diálogo com o Judiciário para destravar obras judicializadas e,com isso, gerar empregos.
A pasta
A Casa Civil também é responsável pela análise prévia dos atos do governo para verificar se há constitucionalidade e legalidade neles. Nesse processo, a pasta pode realizar estudos sobre os temas trabalhados pelo governo, editar atos normativos e documentos oficiais.
Perfil
Costa iniciou a carreira com atuação no movimento sindical, no Polo Petroquímico de Camaçari, na década de 1980. Foi vereador em Salvador e ganhou destaque como secretário estadual durante a gestão de Jaques Wagner (2007-2014) no governo da Bahia.
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