O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, participou do programa A Voz do BrasilValter Campanato/Agência Brasil
“Esta é uma orientação do nosso governo, uma orientação do presidente Lula”, disse Pimenta a jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde participou do programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional da Amazônia, e gravou uma participação no programa A Voz do Brasil.
“O tema ambiental não é uma tarefa restrita ao Ministério do Meio Ambiente. Da mesma forma como quando você pensa na questão da democracia, da defesa dos direitos humanos, da importância de termos pautas amplas que dialoguem com a sociedade, é preciso pensar o governo como um todo, com um discurso, um objetivo, e não um somatório de pequenos espaços”, argumentou o ministro, ao comentar que todas as estruturas de governo terão uma assessoria para Diversidade e Participação Social própria.
“Queremos criar, dentro do governo, uma rede que estimule políticas transversais, capaz de levar para muitos setores da sociedade temas que muitas vezes não são enxergados nem pelo Poder Público”, comentou Pimenta, confirmando que, na Secom, este cargo será ocupado pela drag queen, pedagoga e produtora cultural Ruth Venceremos, que este ano concorreu ao cargo de deputada federal, tendo terminado a disputa como primeira suplente da federação PT/PcdoB/PV.
Ao ser questionado, Pimenta minimizou as críticas que o governo recém-empossado recebeu por contradições em algumas das primeiras medidas anunciadas, como a prorrogação da isenção de impostos sobre os combustíveis — implementada ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida perderia a validade em 31 de dezembro de 2022 e o presidente Lula chegou a dizer que não estenderia o prazo.
"A primeira coisa que qualquer órgão, qualquer empresa, faz é uma reunião para as pessoas se conhecerem e construir uma metodologia comum de trabalho. Imagine um governo formado por 37 ministérios, em um país da complexidade do Brasil. Tivemos a posse dos ministros esta semana. Muitos deles foram governadores, são líderes políticos. É natural que, neste primeiro momento, cada um deles traga também a mensagem do que considera prioritário e pretende fazer", comentou o ministro, comparando a primeira semana do governo federal com os preparativos de uma seleção de futebol antes de disputar uma Copa do Mundo.
"Todos os jogadores [convocados] que chegam vêm de [diferentes] times, onde são craques e jogam conforme o esquema tático dos treinadores de seus times. Quando chegam à seleção, precisam se adaptar a um novo técnico e a outro esquema tático. Eles não deixam de ser grandes jogadores, mas precisam aprender a jogar dentro da tática do novo treinador. Esta primeira semana de governo seria a do exame médico, da preparação física. Hoje, houve a primeira preleção do treinador. Agora todo mundo já sabe o esquema tático que vai funcionar e vai procurar adaptar suas qualidades aos objetivos da seleção para o nosso país no próximo período", finalizou o ministro, referindo-se a primeira reunião ministerial, realizada na manhã desta sexta-feira, 6.
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