A superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro pode ficar a cargo do delegado Leandro Almada, que já ocupou o mesmo posto no Amazonas e na Bahia. A decisão, no entanto, ainda depende do aval do diretor-geral da PF, Andrei Passos. As informações são do portal de notícias 'G1'.
Em 2019, Almada liderou uma investigação que apontou a interferência de uma organização criminosa que agia propositalmente para atrapalhar as apurações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro.
De acordo com o relatório da Polícia Federal produzido à época das investigações, o PM Rodrigo Jorge Ferreira teria criado uma versão fantasiosa acerca dos motivos do crime para prejudicar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, e o vereador Marcello Siciliano (PP). O inquérito foi encerrado em 2019.
Participação no governo de Jair Bolsonaro
Em 2020, Almada foi nomeado pelo então ministro da Justiça André Mendonça como diretor de operações da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), criada por Sérgio Moro, primeiro a ocupar a pasta no governo Jair Bolsonaro. A Seopi teve como uma de suas atribuições investigar integrantes de um possível movimento antifascista organizado. O órgão, subordinado ao ministério da Justiça, produziu um dossiê com informações de 579 professores e policiais contrários ao governo Bolsonaro.
Almada é formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e foi delegado de Polícia Civil de Minas Gerais entre 1997 e 2007 e posteriormente delegado da Polícia Federal, onde ingressou em 2008. Entre 2015 e 2017 foi corregedor-geral do Sistema de Segurança Pública de Amazonas entre 2015 e 2017. Depois da passagem pela PF no Rio de Janeiro e na Seopi, assumiu a Superintendência da PF no Amazonas em 2021 e no ano seguinte assumiu o mesmo cargo na Bahia.
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