Aliado de Bolsonaro, Romeu Zema diz 'parecer que houve erro da direita radical' nos atos golpistas em BrasíliaAlan Santos/PR
"Parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizessem de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão dizer se foi isso", disse Zema em entrevista à 'Rádio Gaúcha'.
Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Zema se manteve 'em cima do muro' no primeiro turno das eleições presidenciais e só abraçou a campanha de reeleição do ex-presidente da República no segundo turno. O governador, que se reelegeu no primeiro turno, com 56,18% dos votos, não conseguiu garantir o mesmo desempenho para Bolsonaro no estado. Lula recebeu 50,2% contra 49,8% do adversário.
"Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta", opinou Zema.
Romeu Zema também não aprovou de afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Para ele, foi uma decisão "prematura, desnecessária e injusta".
O emedebista foi afastado por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Para o magistrado, Ibaneis Rocha foi omisso e conivente com os atos em Brasília.
Rocha prestou depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira, 13, e negou "qualquer tipo de conivência" com os atos golpistas. Ele negou omissão e disse não ter conhecimento da possibilidade de ações extremistas. O governador afastado disse ainda que os órgãos de segurança do DF haviam sido preparados para agir integrados e que, como gestor, não participou das reuniões.
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