Senado pede reforço na segurança para eleições no Congresso NacionalEdilson Rodrigues
O documento foi endereçado ao interventor da segurança pública do DF, Ricardo Capelli, e assinado pelo diretor da Secretaria de Polícia do Senado Federal, Alessandro Morales Martins.
A Polícia Legislativa ressaltou a sensibilidade e projeção política do evento. O secretário reforça a preocupação de novos ataques contra o Congresso e lembrou da possibilidade da participação de outras autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a presidente da STF, Rosa Weber.
“Ambas as cerimônias contam com projeção política, característica cuja sensibilidade foi incrementada em razão dos últimos acontecimentos ligados à invasão dos Três Poderes em 08 de janeiro último. Ressalte-se que eventos dessa magnitude contam com a previsão de participação de diversas autoridades, e no caso da cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos, há ainda a expectativa de comparecimento dos Chefes dos Três Poderes da República”, aponta Martins.
O comando da Polícia Legislativa disse ter identificado riscos de invasão em áreas não autorizadas, presença de atiradores e ameaças de bombas.
“Esta Secretaria de Polícia identificou como cenários de riscos a invasão em áreas não autorizadas, a tomada de refém, a presença de atirador ativo, ameaça de explosivo e ainda, a sabotagem em infraestruturas críticas”.
Reforço na segurança em Brasília
Mais cedo, Capelli confirmou ter recebido um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e de Rosa Weber para aumentar a segurança da Praça dos Três Poderes na retomada dos trabalhos do Legislativo e Judiciário. Uma reunião com comandantes das polícias Civil e Militar foi realizada na tarde desta quarta.
Capelli informou que está com a ‘atenção redobrada’ e uma estratégia deve ser montada para reforçar o efetivo policial na capital federal.
“Reunião sobre o plano de segurança para o dia 1° de fev., dia da posse dos deputado(a)s e senadore(a)s, eleição da mesa das duas Casas e semana de abertura do ano judiciário. Atendendo ao pedido dos presidentes Arthur Lira e Rosa Weber, estamos com a atenção redobrada”, afirmou o interventor.
Capelli e as forças policiais, porém, estudam formas para manter as promessas feitas aos congressistas, já que a intervenção federal na segurança do Distrito Federal termina no próximo dia 31 de janeiro e, segundo o Ministério da Justiça, não deve ser prorrogada.
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