Publicado 17/01/2023 09:14 | Atualizado 17/01/2023 11:03
Brasília - O Ministério Público do Distrito Federal realizou, nesta segunda-feira, 16, uma vistoria nas celas onde estão presos o ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fabio Augusto Vieira.
De acordo com o órgão, "os promotores verificaram que os presos não têm nenhum tratamento preferencial".
Torres está preso no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), que fica no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal. Já Vieira se encontra detido no Regimento de Polícia Montada (RPMon). Ambos estão em salas de estado maior, beneficio concedido pela lei a policiais e delegados, que não ficam detidos em celas comuns. Torres é delegado da Polícia Federal.
O ex-comandante e Torres foram presos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após os atos antidemocráticos que ocorreram nas sedes do Três Poderes, em Brasília, no dia 8.
As prisões foram solicitadas pela PF, que apontou omissão e conivência das autoridades locais no controle dos atos, que ocorreram, segundo a corporação, com a anuência dos responsáveis pela segurança pública do Distrito Federal.
Após também sofrer um mandado de busca e apreensão, a PF encontrou na casa de Torres, em Brasília, uma minuta de um decreto de estado de defesa para ser cumprido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento teria objetivo de “mudar o resultado das eleições de 2022”.
Ao comentar o caso nas redes sociais, antes de se entregar à PF, Torres disse que o documento foi vazado fora do contexto”. Já o ex-comandante declarou em depoimento à PF que recebeu informes de que a manifestação seria pacífica e não ocorreria radicalização.
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