Publicado 24/01/2023 10:45 | Atualizado 24/01/2023 12:19
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou mais três corpos na madrugada desta terça-feira (24) e suspeita que sejam de vítimas da chacina ocorrida com a família da cabelereira Elizamar da Silva. De acordo com a corporação, os cadáveres estavam em uma fossa nas proximidades do Núcleo Rural Santos Dummont, em Planaltina. Dois são dois do sexo feminino e um masculino. A PCDF ainda aguarda a identificação das vítimas.
No momento, três pessoas seguem desaparecidas. São elas: Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido de Elizamar; Claudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, pai de Thiago; Ana Beatriz Marques de Oliveira, filha de Claudia e Marcos Antônio.
O corpo de Marcos foi encontrado no cativeiro no dia 17. Ele era suspeito, junto ao filho, de encomendar a morte da família. Os de Elizamar e seus filhos Rafael, Rafaela e Gabriel, no dia 16, foram achados carbonizados em um carro.
Outros dois cadáveres também foram encontrados carbonizados em um carro em Unaí (MG), mas ainda não há confirmação da identificação, porém, por serem mulheres, a polícia acredita se tratar de Renata Juliene Belchior, mãe de Thiago e sogra de Elizamar; e Gabriela Belchior, irmã de Thiago e cunhada de Elizamar.
Três suspeitos estão presos: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa e Fabrício Silva Canhedo. A principal teoria é de que a motivação tenha sido por dinheiro. Todos moravam próximos a Marcos Antônio e sabiam que a família tinha recebido uma boa quantidade recentemente.
Neste domingo, 22, a polícia divulgou um quarto suspeito: Carloman dos Santos Nogueira, conhecido como Carlinhos, que ainda está foragido. Ele é acusado de ser um dos executores das vítimas. Digitais dele foram localizadas em vários locais do cativeiro e no veículo Senic, da Renault. Em 2018, ele foi indiciado como integrante de uma facção criminosa.
Segundo o delegado da 6ª DP, Ricardo Viana, existem uma folha e um caderno com anotações dos nomes das vítimas, contas e senhas bancárias.
A equipe de investigação conseguiu apreender um bilhete em que Thiago é atraído pelo grupo para a chácara e pedem para que a vítima vá até o local na companhia de Elizamar e as três crianças assassinadas.
Durante as diligências, os investigadores tiveram acesso às imagens do circuito da casa que fica ao lado do cativeiro. No dia 14, imagens mostram o momento em que os veículos deixam o local. Posteriormente, esse último veículo foi localizado queimado em Unaí.
De acordo com o delegado Ricardo Viana, que coordenada as diligências do caso desde o dia 14 deste mês, a equipe de investigação batizou a operação de Inominada, com a finalidade de montar o quebra-cabeça das mortes ocorridas em série e de forma brutal, além de demonstrar a sua complexidade.
Relembre o caso
Elizamar Silva saiu conduzindo o seu veículo, na quinta, 12, levando seus três filhos, para Paranoá, a cerca de 40 quilômetros de Santa Maria, também no Distrito Federal.
De acordo com a polícia, ela seguiu para o local para buscar o marido, com quem não estava se relacionando, no condomínio da mãe dele.
Na sexta-feira, 13, o veículo foi encontrado carbonizado, com quatro corpos na mesma condição, na cidade de Cristalina, Goiás, a 100 quilômetros de Santa Maria.
No dia seguinte, 14, um outro carro com mais dois corpos também foram encontrados carbonizados, na Rodovia BR-251, na região da cidade de Unaí. O dono do veículo era o sogro de Elizamar.
No domingo, 15, o desaparecimento de mais quatro pessoas da família da cabelereira foi registrado: o marido, de 30 anos, pais das crianças que desapareceram; a sogra, de 52 e o sogro, 54; e a cunhada, irmã do esposo, de 25 anos.
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