Michelle Bolsonaro acompanhou a eleição à presidência do Senado, onde atuou a favor de Rogério Marinho, derrotado por Rodrigo PachecoAFP

Brasília - Na ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro o representou, nesta quarta-feira, 1º, na cerimônia de posse dos parlamentares eleitos em outubro de 2022. No Senado, ela foi questionada se o marido, que segue desfrutando as férias em Orlando, nos Estados Unidos, teme ser preso na volta ao Brasil, e foi enfática na resposta .

"Não é ele que tem que ter medo de ser preso", disse Michelle.
Criticado, até mesmo por apoiadores, por deixar o país às vésperas da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro é alvo do inquérito que apura a participação de autoridades, por omissão ou incitação, nos ataques golpistas protagonizados por bolsonaristas radicais no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
Nova presidente do PL Mulher, ela estreou no cargo, com salário de R$ 39 mil, na articulação pela eleição de Rogério Marinho (PL-RN) para a Presidência do Senado. O candidato, no entanto, foi derrotado pelo adversário Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reeleito para mais um mandato de dois anos. Vale lembrar que a ex-primeira-dama foi a principal cabo eleitoral da ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), que tomou posse como senadora nesta quarta-feira.
Surpreso com a popularidade de Michelle, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a convidou para comandar o PL Mulher, de olho no próximo ciclo eleitoral. No entanto, uma possível candidatura da ex-primeira-dama divide o clã Bolsonaro e tem 'votos' contrários do vereador Carlos Bolsonaro (Repuplicanos-RJ) e do caçula Renan Bolsonaro, desafetos públicos da madrasta. No novo cargo, Michelle ganhará um escritório na sede do partido, em Brasília, mesmo local que pode abrigar o marido ao fim das férias na terra da Disney.