Garimpeiros já começam a abandonar Terra Indígena YanomamiReprodução
Estima-se que 20 mil garimpeiros estavam em terra Yanomami, o que causou uma grande crise humanitária na comunidade. O território tem sofrido com o garimpo ilegal, que cresceu 54% somente em 2022, segundo um levantamento da Hutukara Associação Yanomami.
A operação foi iniciada com o fechamento do espaço aéreo pela Força Aérea Brasileira (FAB). Os garimpeiros então começaram sair a pé pela floresta e por barcos nos rios. Agora, agentes atuam diretamente dentro da região.
"Dentro de todas essas fases da operação nós teremos a retirada de todos os garimpeiros por completo. Com vistas a fazer cessar toda essa atividade criminosa que vem acontecendo. Obviamente que as pessoas serão punidas na medida da sua culpabilidade", afirmou o delegado Humberto Freire, chefe da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente na PF, durante coletiva na última quarta-feira, 7.
O delegado reforçou ainda que as pessoas que financiam o garimpo ilegal "têm um responsabilidade muito maior" e "isso está sendo investigado dentro dos inquéritos que foram instaurados pela Polícia Federal".
Durante a coletiva em Roraima, estavam presentes os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, Direitos Humanos, Silvio Almeida, e Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Múcio afirmou estar satisfeito com as ações do governo federal diante da crise humanitária Yanomami e declarou que a operação "é uma questão de Justiça (punir os invasores), e nós temos a preocupação de não prejudicar inocentes".
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse que quer agilidade nas ações, sobretudo na reforma da pista de pouso de Surucucu porque um hospital de campanha ainda será instalado no território para atender os indígenas doentes.
"A gente quer pedir agilidade. Queremos a celeridade na reforma da pista de Surucucu. Isso é o que vai alavancar todas as ações que precisam ser feitas", disse Guajajara.
Crise humanitária
A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal. A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro , conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.
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