Pazuello disse que avisou Exército sobre ida em ato bolsonaristaReprodução / Internet
O ato aconteceu em maio de 2021, no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio. Na época, Bolsonaro criticou as ações de governadores contra a Covid-19 e passou o microfone para o ex-ministro da saúde, que reforçou as falas.
Na defesa, Pazuello ainda afirmou que foi chamado por Bolsonaro pela ‘camaradagem’ entre eles. O ex-ministro ainda minimizou a caráter político do evento ao dizer que Bolsonaro não era filiado a nenhum partido político na época.
“Relembro-vos que o informei por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente. Os laços de respeito e camaradagem entre mim e o presidente da República, a meu ver, justificam o convite para o passeio”, afirmou Pazuello.
Após pressão de Bolsonaro e da ala alinhada ao governo no Exército, Paulo Sérgio Nogueira acatou a defesa de Pazuello e arquivou o processo.
Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou o estudo da retirada dos sigilos impostos por Bolsonaro. A divulgação do documento foi liberada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que não viu motivos para o sigilo no processo.
Eduardo Pazuello foi ministro da Saúde entre setembro de 2020 e março de 2021, no auge da pandemia de Covid-19. Durante sua gestão, Pazuello foi acusado de retardar a compra de vacinas, erros na distribuição dos imunizantes e por negar o uso de máscaras.
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