Marina aponta 'ação criminosa' após alertas de desmatamentoFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
"Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos seguir trabalhando, este é nosso objetivo. Não somos como o governo anterior, os dados são transparentes", comentou a ministra.
"Neste momento, estamos identificando que tem uma ação criminosa, mesmo no período chuvoso, adiantando o desmatamento. E estamos nos preparando para fazer o enfrentamento", completou.
A fala de Marina ocorreu no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Ela se encontrou com o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Ele chegou ao Brasil para debater com o governo Lula ações para preservar o meio ambiente e enfrentar o desmatamento na Amazônia.
A ministra foi perguntada sobre o recorde nos alertas de desmatamento e ela deixou claro que nada se resolverá de uma hora para outra. “As coisas não são mágicas. Temos a clareza da complexidade do problema e estamos trabalhando para que ele [desmatamento] venha a cair estruturalmente", explicou.
Alckmin também esteve com John Kerry
“O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que vai se empenhar junto ao governo, ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, mas como também outras cooperações", declarou.
Jornalistas perguntaram hoje a Alckmin qual contrapartida os Estados Unidos exigiram para enviar dinheiro ao fundo. O vice-presidente relatou que não houve nenhuma exigência feita pelos norte-americanos, porque o governo brasileiro deixou claro quais trabalhos adotará para proteger o meio ambiente.
"O compromisso do Brasil já ficou claro na presença do presidente Lula no encontro com o presidente Joe Biden. Ficou claro o compromisso do Brasil de ser o grande protagonista no combate às mudanças climáticas", pontuou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.