Temido assassino em série na década de 80, Pedrinho Matador foi condenado a quase 300 anos de prisãoReprodução/TV Globo
"Eu tava tomando café, só escutamos tiro. Saí no portão e vi o povo correndo pra cá. Aí falaram que era ele."
"Ele veio aí com a sobrinhada aí, fica aí o dia inteiro, almoça aí, depois vai embora. [Morava] na praia, vinha pra cá. Ele tava na casa da irmã dele, minha sobrinha. Ela ficou de fazer um almoço pra ele hoje, porque vinha pra cá. Veio pra cá pra acontecer isso".
Quem foi Pedrinho Matador
Em 1996, em entrevista ao programa 'Fantástico', da rede Globo, o serial killer afirmou que matava por 'prazer e vingança'. Já em 2003, em entrevista a revista "Época", Pedrinho matador revelou ter matado mais de cem pessoas, incluindo assassinatos cometidos dentro do sistema prisional.
"(…) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato", disse à reportagem à época.
"Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural", afirmou. "Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo".
Pedro Rodrigues Filho foi preso pela primeira vez em 1973, depois de completar 18 anos, no entanto, segundo o assassino, as primeiras mortes teriam sido orquestradas por ele com apenas 11 anos. Ele executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo.
"Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática", disse em entrevista ao 'Estadão'.
Já em 2004, com pouco mais de 31 anos na cadeia durante uma nova entrevista ao jornal Estadão, o assassino foi questionado se teria teria medo do que encontraria fora cadeia, ele afirmava que não.
"Eu procuro saber de tudo lá fora. E tenho família, tenho os amigos, muitos, muitos, é tudo crente, eles vão me ensinar tudo de novo".
Fora da cadeia: a conversão
Apesar de não saber a localização exata de onde Pedro estava, a família afirma que ele morava na praia e vivia de forma pacata. Às vezes, ia para São Paulo visitar a irmã e alguns tios, que moram onde ele foi morto.
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