Caio Megale chegou a levar o caso do presente à Comissão de Ética Pública da PresidênciaCNSeg/Reprodução
A devolução foi formalizada em uma carta destinada ao Ministério da Fazenda e enviada nesta segunda-feira, 6. Nela, Megale, que ocupou cargos no governo entre 2019 e 2020, pedia informações sobre quais procedimentos devem ser adotados para abrir mão do relógio, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Ele disse ter recebido o presente um mês após a viagem, por meio de um ajudante de ordens da Presidência.
O caso, porém, terminou em empate na Comissão. Coube ao presidente, André Ramos Tavares, decidir. De acordo com ele, a comitiva não precisava devolver os relógios e isso não seria uma "flexibilização da regra", mas uma "hipótese normativa de exceção".
Ele justificou a decisão com base em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores, que afirma que os presentes foram parte de uma prática usual das relações diplomáticas.
Segundo o órgão, as peças recebidas estão em "desacordo com o princípio da moralidade pública" e extrapolaram os "limites da razoabilidade".
Além de Megale, outros membros foram presenteados: Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de Bolsonaro; Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores; o contra-almirante Sérgio Ricardo Segóvia Barbosa ne Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania.
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