Uma modelo brasileira morreu após ser baleada em uma abordagem policial nos Estados Unidos. De acordo com os familiares da vítima, os agentes informaram que Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, saiu de casa armada após brigar com o namorado, que é norte-americano. Quando a modelo foi encontrada, ela teria colocado a mão na arma e os policiais atiraram. O caso aconteceu no dia 30 de janeiro, mas a família só foi avisada 10 dias depois.
Segundos os familiares de Gleise, a mulher é natural de Penedo, Alagoas, morava há 8 anos nos Estados Unidos, mas também já morou em Aracaju, Sergipe. Eles tentam trazer o corpo da modelo de volta.
fotogaleria
Uma irmã da vítima, Cleane Firmiano, contou na última segunda-feira, 13, que a polícia foi chamada pelo namorado da modelo, e que ela foi encontrada perto de uma árvora, junto com o cachorro.
"O policial disse que minha irmã foi assassinada na Califórnia pela própria polícia. Segundo ele, ela teve uma briga com o namorado, pegou o carro e o cachorro e saiu de casa armada. O namorado chamou a polícia pedindo ajuda, os policiais encontraram ela perto de uma árvore próxima ao carro e ao cachorro. Quando os policiais chegaram, ela botou a mão na arma e os policiais atiraram. Esse foi o relato do policial ao telefone", disse a TV Sergipe afiliada a Rede Globo.
A questão é que a versão da polícia não convenceu a família, que tentou saber mais detalhes com o namorado dela. Os dois moravam juntos há dois anos. "Perguntei a ele, porquê ele tinha chamado a polícia. Ele disse que ficou com medo de que ela fizesse uma besteira", explicou Cleane.
Mais de um mês depois da morte da modelo, o corpo permanece nos Estados Unidos. A família está pedindo ajuda ao Governo Federal para trazer o corpo de volta para o Brasil, mas segundo Cleane nenhum dos e-mails foi respondido.
Em nota, o Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles disse que prestou assistência aos familiares, e destacou que não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos.
"Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito", diz a nota.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.