Ricardo Boechat morreu no dia 1 de fevereiro de 2019Reprodução/Redes sociais

São Paulo - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou, na última terça-feira (14), que a empresa farmacêutica Libbs pague uma endenização no valor de R$ 1,2 milhão a dois filhos do jornalista Ricardo Boechat, que morreu em 2019. 
De acordo com o juiz Dimitrios Zarvos Varellis, da 11ª Vara Cível do TJSP, a empresa assumiu a responsabilidade pelo transporte do jornalista e tinha a obrigação de "se certificar da melhor escolha possível da transportadora”.
A ação foi movida por Rafael Boechat e Paula Boechat, e a condenação por danos morais fará a empresa pagar R$ 606 mil a cada um deles.
A empresa responsável pelo helicóptero que transportou Boechat não tinha o certificado da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para fazer táxi aéreo, apenas para prestar serviços de reportagem.
A Libbs, por sua vez, alega que a responsável pelo transporte da vítima era da Zum Brasil, organizadora do evento em que Ricardo participou em Campinas, no interior de São Paulo. No entando, a empresa condenada foi quem contratou o jornalista. 
O contrato em questão incluía a contratação de transporte para fazer o translado de Boechat até a cidade do evento, e depois trazê-lo para a capital paulista. O helicóptero enfrentou problemas no motor por conta da falta de lubrificação das peças, o que fez a aeronave bater na parte dianteira de um avião na rodovia Anhanguera.
Ricardo Boechat, de 66 anos, e o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci, morreram em decorrência do acidente, que aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2019. 
“A requerida, em suas próprias palavras, é uma gigante da área farmacêutica nacional, e, portanto, tinha totais condições de acompanhar mais de perto o processo de contratação”, escreveu o juiz na decisão.