Flávio Dino disse que a extrema-direita tem ódio de moradores de áreas pobresJosé Cruz/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, subiu o tom na resposta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que usou o Twitter para insinuar um suposto envolvimento de Dino e do presidente Lula com o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O titular da Pasta, também em postagem na plataforma nesta quinta-feira, 16, afirmou: “Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos”.


O tuíte do filho do ex-presidente fez referência a um encontro do ministro com lideranças da Nova Holanda, na comunidade do Complexo da Maré, na segunda-feira, 13, e ao fato de Dino não ter usado escolta para ir à reunião. Na ocasião, representantes dos moradores apresentaram reivindicações relativas à segurança pública na área. Na postagem, o deputado federal afirma que convocará o ministro para que explique na Comissão de Segurança Pública da Câmara “o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”.


Dino rebateu as insinuações de Flávio Bolsonaro. Mesmo sem citar nomes, o ministro disse que “representantes da extrema-direita reiteram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres”. “Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado”, completou.

A discussão no Twitter entre Dino o filho “03” do ex-presidente é mais um capítulo da disputa nas redes sociais envolvendo apoiadores de Bolsonaro e membros do governo Lula. Os bolsonaristas tentam sair da defensiva — situação em que se encontram, desde que surgiram as denúncias sobre as joias presenteadas pelo governo saudita e pelo uso da Abin para monitorar adversários. Já os petistas inundaram as plataformas com memes e críticas às tentativas do ex-presidente em liberar os itens de alto valor na alfândega do aeroporto de Guarulhos.