Competição de promovida pelo Sesi robótica reúne mais de dois mil estudantes em BrasíliaFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Entusiasmado para encontrar respostas para os desafios propostos pela competição com pequenos robôs feitos de peças de Lego, Arthur é responsável por construir e operar robôs em sua segunda participação na competição.
“Nós temos que montar os robôs sem manual e em versão até menos atualizada do que estamos acostumados. Mas aqui a gente tem a chance de criar e vamos por tentativa e erro para ver o que vai funcionar melhor. O mais legal do desafio é o conjunto todo: montar os robôs, ver os amigos, aprender programação e trabalhar em equipe”, disse.
“O torneio e a própria robótica são formas de mostrar aos jovens como ter autonomia no dia a dia para a vida profissional. Os conceitos que aprendem aqui, levam para vida e dão a eles um leque de possibilidades. Aqui temos o trabalho em equipe, como lidar com as emoções e frustrações do dia a dia”, explicou. “Não existe rivalidade, temos que reforçar o companheirismo e um ajuda o outro. Essa é uma forma de mostrar ao jovem que se acontecer alguma coisa errada, não precisa se frustrar, são desafios da vida”, acrescentou.
Segundo Cezne, em edição anterior, seus alunos desenvolveram um projeto para solucionar um problema frequente na escola: a falta de controle remoto para acionar o ar condicionado.
Fórmula 1
O festival conta com o projeto educacional da Fórmula 1, que incentiva estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento. A equipe vencedora da categoria participará do Grande Prêmio de Cingapura, em setembro.
Em sua primeira participação na competição, a estudante mineira Maria Eduarda Brito, de 16 anos, contou que a entrada em um projeto de robótica ligado à Fórmula 1 aconteceu por motivos afetivos. “Desde pequena, acordava cedo aos domingos para assistir Fórmula 1 com meu pai e isso me incentivou a fazer parte dessa equipe”. “Pretendo fazer medicina e a robótica me ajuda com relações humanas. Eu gosto de tentar entender o ser humano, o cérebro das pessoas, de estar integrada e tentar ajudar. Aqui tem tudo isso”, contou.
Davi Roberto, um dos seis parceiros de equipe de Maria Eduarda, destacou que a categoria estimula os estudantes a atuarem como se estivessem em uma startup de Fórmula 1 para desenvolverem diversos aspectos, como organização de empresa, gestão de pessoas, além da parte de engenharia.
“A competição julga diversos aspectos e a ‘estrela do projeto’, que é a corrida, vale poucos pontos. Isso estimula todos os participantes a se empenharem igualmente”, descreveu.
Cidadãos
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