A cúpula maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Câmara aprova mudança na Lei Maria da Penha para agilizar proteção de vítima de violência
Alterações foram sugeridas por meio de um Projeto de Lei de autoria de Simone Tebet
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (21) mudanças na Lei Maria da Penha que prometem agilizar a adoção de medidas protetivas de urgência às mulheres que foram vítimas de agressão Na prática, a proposta determina que a proteção deve ser concedida no momento em que a denúncia for feita.
As alterações foram sugeridas por meio do Projeto de Lei 1604/22 de autoria da ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, e que teve Jandira Feghali (PCdoB-RJ) como relatora. Aprovada, a medida segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o texto, a proteção será concedida "em juízo de cognição sumária" - isto é, de maneira imediata - a partir do momento em que a vítima fizer uma denúncia em forma depoimento às autoridades ou apresentar alguma alegação sobre a agressão por meio de relato escrito.
Além disso, as medidas protetivas só poderão ser indeferidas, segundo a proposta, se ficar comprovado que a integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral agredidas das vítimas, ou de seus dependentes, não correm riscos.
O projeto também prevê que as medidas protetivas de urgência serão concedidas independentemente do tipo de crime cometido, do registro de boletim de ocorrência, da existência de inquérito policial e também do ajuizamento de ação penal ou cível contra o agressor.
Simone Tebet afirmou que o objetivo da nova lei é evitar que juízes ou policiais tenham interpretações diversas e, com isso, atrasem o fornecimento da proteção. "Nos casos de violência contra as mulheres, atrasar a adoção de medidas protetivas, ainda que por segundos, horas ou dias, pode ser a diferença entre salvar ou não muitas vidas", disse a ministra.
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