Ator fez uma crítica à condução do programaReprodução/CNN

Pedro Cardoso criou uma saia-justa no programa CNN Arena nesta sexta-feira (24). Na ocasião, o ator foi chamado para debater sobre diversos assuntos da política e sociedade quando comentava sobre o caso da prisão de bandidos que planejavam ataques ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR). "Homem moralmente desqualificado", disse ele, em relação ao político.

No bloco do programa, a equipe do CNN Arena comentava sobre as recentes falas de Ministro da Comunição, Paulo Pimenta (PT-RS) sobre a decisão da juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, de suspender o sigilo da operação que resultou na prisão de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejavam um ataque contra Moro.

Para o Ministro, a ação da integrante do judicionário corrobora para uma narrativa de ajudar o próprio Sergio Moro. Questionado sobre o tema, Pedro Cardoso citou: "Eu acho que o Brasil está profundamente adoecido moralmente. Porque nós estamos falando aqui há dez minutos de uma pessoa chamada Sergio Moro que está sendo tratado aqui como se fosse uma pessoa que merecesse todo o nosso respeito, muito digno, muito correto. Enquanto ele é uma pessoa que tramou junto a um acusador para colocar uma pessoa na cadeia. E apenas, porque nossa democracia juridicamente muito imperfeita, ele logrou virar senador da República", alfinetou o ator, em relação a prisão de Lula na Operação Lava Jato expedida por Moro na época em que ele era juiz.

O ex-global, então, continuou sobre o motivo de sua indignação: "Milhões de brasileiros são ameaçados todos os dias pela pobreza em que vivem, pela proximidade que são obrigados a viver com o crime organizado, e agora esse homem moralmente desqualificado recebe toda essa atenção porque foi vítima de uma ameaça também. Eu estou muito mais preocupado com milhões de outras pessoas que estão permanentemente ameaçadas e que não serão noticiadas aqui nem em outro lugar nenhum", acrescentou.

Pedro também não poupou críticas ao programa, o qual chamou de "prática semelhante ao diálogo, mas é na verdade uma sucessão de monólogos". "Se nenhum de nós temos um sincero interesse no pensamento do outro, nós vamos apenas ouvir e esperar a nossa vez de falar. Então, confirmarmos aquilo que sempre achamos porque não estamos nos deixando modificar em momento algum pelo pensamento do outro", finalizou.